Raul Baza

NOME: Raul Antonio Baza

INSTITUIÇÃO: Universidade Eduardo Mondlane

CURSO: Música

LOCAL MOBILIDADE: Instituto Politécnico de Lisboa

PERÍODO EM MOBILIDADE: 02.2022 a 06.2022

 O Raul, já com uma licenciatura em Ensino Básico na Universidade Pedagógica e a tirar licenciatura em Música na Universidade Eduardo Mondlane, viu no Programa Mobilidade AULP a oportunidade de verificar na prática o que estava a aprender em Etnomusicologia: verificar o que existe e o que não existe ao nível de execução/manifestação musical em outras culturas que partilham as mesmas características musicais com Moçambique.

O estudante já atuava como executante da Mbira nhyunga-nhyunga, é trompetista, pesquisador etnomusicológico da Mbira Nhyunga-nhyunga e da música na educação básica das crianças. É professor de educação musical/iniciação das crianças no mundo da Música e de forma transversal/interdisciplinar usar a música como ferramenta de auxílio para lecionar outras disciplinas curriculares como matemática, português, etc. Decidiu candidatar-se a este programa de mobilidade porque estava consciente de que o intercâmbio cultural resultante dessa mobilidade seria muito importante tanto para o seu percurso académico e profissional, como para Moçambique pois acredita que as experiências e os conhecimentos que trouxe do Portugal o fizeram crescer como pessoa, artista e educador. “Esta experiência está no topo da lista das melhores experiências que já tive na minha vida”.

O Raul, que já fazia trabalhos comunitários em Moçambique através do trabalho desenvolvido pela associação não governamental Khandlhelo, promotores de trabalhos educacionais de caráter interventivo, diz que esta experiência serviu também para quebrar vários estereótipos. Foi em Portugal que percebeu que tinha de valorizar e preservar mais aquilo que era dele, a sua identidade, a sua arte, a sua cultura: “os nossos instrumentos tradicionais africanos, moçambicanos, carregam a nossa identidade, aquilo que nós somos. Fui para lá aprender o instrumento ocidental, mas foi lá (em Portugal) que me disseram para valorizar mais os nossos próprios instrumentos. Incentivaram-me a produzir mais, a documentar mais, a preservar mais aquilo que faz parte do nosso património cultural e partilhar esse conhecimento para o mundo.”

Durante a mobilidade que fez em Lisboa, entrou numa banda portuguesa, conheceu muitas pessoas novas, não só portuguesas, e teve oportunidade de levar um pouco da cultura moçambicana para Portugal (a sua mbira viajou com ele): “o meu interesse em participar neste programa foi perceber como as outras culturas preservam a sua música folclórica, para de seguida usar as mesmas técnicas para preservar, sistematizar as musicas folclóricas moçambicanas, contextualizando as técnicas e métodos usados pelas outras culturas, para o contexto moçambicano.”

Lista de Instituições de Ensino Superior participantes:

Angola:

Brasil:

Cabo Verde:

Guiné-Bissau:

Macau (RAEM, China):

Moçambique:

Portugal:

São Tomé e Príncipe:

Timor-Leste: