Síbia Zucula

NOME: Síbia Sabina Zucula

INSTITUIÇÃO: Universidade Pedagógica de Maputo

CURSO: Artes Cénicas (Teatro)

LOCAL MOBILIDADE: Instituto Politécnico de Lisboa, Portugal

PERÍODO EM MOBILIDADE: 09.2021 a 02.2022

A Síbia foi uma das primeiras estudantes de Moçambique a conseguir uma bolsa AULP-PROCULTURA para fazer mobilidade durante um semestre em Portugal. Em plena pandemia, e mesmo com vários receios, decidiu arriscar e candidatou-se ao Programa Mobilidade AULP, como referiu na sua candidatura: “estou ciente que esta é uma decisão radical, sair da zona de conforto e experimentar o desconhecido em nome da carreira académica, é um sacrifício e experiência que estou disposta a enfrentar”.

Na sua candidatura, esta estudante fez questão de se apresentar e mostrar que tinha as qualidades necessárias para usufruir ao máximo desta experiência: “sou uma pessoa dinâmica, autêntica e pontual. Tenho a capacidade de análise de trabalho, seja individual ou em equipe. Tenho disponibilidade para viajar em missão de estudo e de trabalho. Considero-me uma pesquisadora de todas as formas de arte. Vontade de aprender e progredir em todas as áreas. Este programa trará uma nova visão para a minha juvenil carreira, pois pretendo ser melhor naquilo que faço e ser uma referência artística.”

A Síbia quer fazer a diferença no setor artístico do seu país e sabe que para isso terá de investir nos seus estudos e de aproveitar estas oportunidades para adquirir mais conhecimentos fora e trazer para o seu país: “No meu percurso académico desenvolvi um pensamento crítico a respeito da criação artística, pois em Moçambique o curso de artes cénicas ainda é pouco valorizado. Para que consiga me enquadrar nesta profissão, necessito de muitos estudos, me descobri neste mundo artístico e quero ser aquilo que eu desejar. A arte só terá um grande espaço no nosso país, se nós lutarmos por ela.”

Durante o período que esteve em mobilidade, destaca o facto de ter conhecido muitas pessoas novas, um pouco de todo o mundo. Fez amizades que ainda hoje mantém contacto, teve oportunidade de conhecer um país novo, a sua artes e cultura, assim como de levar um pouco da cultura e arte moçambicana para os professores e colegas de Portugal. Mostrou e ensinou uma dança típica moçambicana, a marrabenta. Adorou a experiência e a instituição que a acolheu durante um semestre: “a minha universidade de acolhimento é nota 1000, fui bem recebida e eles fizeram com que eu me sentisse a vontade e com um desejo enorme de continuar com eles por mais tempo. Tenho muita gratidão pelo apoio que tenho recebido deles (ESTC), estarão sempre no meu coração.”

De regresso ao seu país, teve algumas dificuldades em conseguir as equivalências das disciplinas feitas em Portugal, mas foi uma situação que conseguiu resolver apesar de algumas burocracias. Continua à procura de oportunidades para expandir os seus conhecimentos.